top of page
Foto do escritorGregory McIntosh

Chart of the Week | Kunstmann I Chart, c.1519, Pedro Reinel


Author: Pedro Reinel

Date: c. 1519

Country: Portugal

Archive: Bayerische Staatsbibliothek

Call number: Cod.icon. 132

Dimensions: 620 x 893 mm


The nautical chart Kunstmann I is a manuscript on a single parchment skin. The chart takes its name from the plate number from an atlas of facsimiles published in 1859 in which it was reproduced. An inscription reads “pedro Reinel a fez” (Pedro Reinel made this), attesting to its production by the Portuguese cartographer Pedro Reinel (c. 1462 – c. 1542). A faded inscription in Africa gives the name of a previous owner, Anne de Sanzay, Count of Magnagne (c. 1535 – c. 1610), a French military officer during the Wars of Religion (1562 – 1598). The chart depicts the results of the voyages to the east coast of Newfoundland by the Corte Real brothers, Gaspar and Miguel, in 1501 and 1502; the voyage of João Fernandes to Labrador (and/or Greenland) in c. 1500 – c. 1502; and the first voyage of João Álvares Fagundes to the south coast of Newfoundland, Cape Breton Island, and Nova Scotia, probably in 1518.

The Kunstmann I chart is celebrated as one of the earliest maps with the so-called oblique meridian. This is the graphic scale bar of latitudes set at an angle off the coast of Newfoundland to act as an auxiliary latitude scale for that region, and to indicate the direction of the geographical meridian on that part of the chart. The pronounced difference between magnetic north, by which sailors would navigate, and true geographical north is due to the strong magnetic declination in the region of Newfoundland. Though Cape Race is at the correct latitude of the oblique meridian and the two latitude scales may give the impression that the chart was based upon Ptolemaic mapping principles, the oversized scale of Newfoundland, its angled appearance, and its distance from the Azores reveal that Newfoundland was positioned on the chart in the portolan chart-making tradition from information obtained by dead reckoning sailing. Dead reckoning is navigation based on compass directions and distances.

Versão Portuguesa


A carta náutica conhecida por Kunstmann I é um manuscrito desenhado numa única folha de pergaminho, que tomou o nome de um atlas de fac-similes publicado em 1852, no qual se encontrava reproduzida. Numa das inscrições lê-se “pedro Reinel a fez”, atestando a sua autoria pelo cartógrafo português Pedro Reinel (c. 1462 – c. 1542). Uma inscrição esbatida, sobre África, fornece o nome de um antigo proprietário, Anne de Sanzay, conde de Magnagne (c. 1635 – c. 1610), um oficial francês do tempo das Guerras Religiosas em França (1562 – 1598). A carta representa os resultados das viagens à costa oriental da Terra Nova dos irmãos Corte Real, Gaspar e Miguel, em 1501 e 1502; da viagem de João Fernandes ao Labrador (Gronelândia), em c. 1500 – c. 1502; e da primeira viagem de João Álvares Fagundes à costa sul da Terra Nova, Cabo Breton e Nova Escócia, provavelmente em 1518.


A carta Kunstmann I é reconhecida como uma das primeiras a representar um troço de meridiano oblíquo, contendo uma escala de latitudes, colocado junto à costa da Terra Nova, com o fim de ser utilizada para referir as latitudes e indicar a direcção norte sul nesta região. A considerável diferença entre a direcção do Norte magnético, pela qual os pilotos navegavam, e a do Norte geográfico, era devida ao elevado valor da declinação magnética na região da Terra Nova. Embora a latitude do Cabo Raso lida na escala de latitudes oblíqua esteja correcta e a presença de duas escalas de latitude possa dar a impressão de que a carta foi desenhada de acordo com os princípios cartográficos de Ptolomeu, o tamanho exagerado da Terra Nova, a sua distorção angular e a distância ao arquipélago dos Açores revelam que a região foi posicionada na carta através de informações de rumo e distância, tal como nas tradicionais cartas portulano. A inovação de um meridiano oblíquo constituiu uma tentativa de conciliar a posição da Terra Nova na carta, através um rumo e uma distância, com a sua latitude, obtida através de observações astronómicas.

Further reading | Leitura complementar

  • Cortesão, Armando, and Avelino Teixeira da Mota, Portugaliae Monumenta Cartographica, 6 vols. (Lisbon: Comissão executiva das comemorações do V centenario da morte do infante Don Henrique, 1960-[1962]); reprinted, with additions (Lisbon: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1987).

  • Kupčík, Ivan, Münchner Portolankarten: “Kunstmann I–XIII” und zehn weitere Portolankarten / Munich Portolan Charts: “Kunstmann I–XIII” and Ten Further Portolan Charts (Munich & Berlin: Deutscher Kunstverlag, 2000).

  • Winter, Heinrich, “The Pseudo-Labrador and the Oblique Meridian”, Imago Mundi 2 (1937): 61–73.



186 visualizações

Commentaires


Highlights
Recent Posts
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page