top of page
  • Foto do escritorBruno Almeida

Chart of the Week | Paris/Columbus Map, 1488-1492, unknown


Author | Autor Unknown

Date | Data (1488-1492)

Country | País Unknown

Archive | Arquivo Bibliothèque Nationale de France, Paris

Call number | Número Catálogo E AA-562 (RES)

Dimensions | Dimensões 1120 x 700 mm


The “Paris Map” is a rare and enigmatic example of Early Modern nautical cartography mixed with Medieval elements. The map offers two different cartographic paradigms - a mappamundi graces the neck of the parchment, and remaining part is inscribed with a nautical chart.


The map does not bear the name of its maker, nor the date of its manufacture. It was acquired by the Bibliothèque Nationale de France in 1848 from an unknown source. It rose to fame in 1924-5, after Charles de La Roncière suggested that it had been made by Christopher Columbus himself. La Roncière observed that Columbus had made some notes in his copy of Pierre d’Ailly’s Imago Mundi about the maps that he owned, which were described as being both planar and spherical – like the one here. Moreover, some of the textual passages included near the mappamundi are lifted from d’Ailly’s book, a work praised by Columbus. Among other factors supporting this attribution theory are the map’s reference to the discovery of Cape Verde by a Genoese, and the presence of information concerning commodities sourced or traded in selected regions. Yet, as some researchers have pointed out, further proof of Columbus’s authorship has not been forthcoming in the intervening decades.


The small mappamundi displays the contemporary geocentric concept of the universe, with the earth enclosed in nine spheres, a configuration also described in the aforementioned Imago Mundi. Jerusalem is placed in middle of the earth, confirming the Christian view of the world. Nevertheless, the image of Africa already shows the Cape of Good Hope, recently rounded by Bartolomeu Dias (1488). The mappamundi contains about 250 placenames written in Latin and vernacular languages. It also depicts numerous mythical islands, such as Brasil, Seven Cities, and the Island of Paradise off the coast of Cathay, surrounded by islands identified in the mythical voyages of St. Brendan.


Notably, mythical islands are also included in the nautical chart, a feature which was not uncommon in maps of that period. Besides that, the geometrical features of the “Paris Map” are common to other examples of nautical charts of the time. The usual portolan chart area of the Mediterranean is depicted; the east side Atlantic coasts stretch from the south of Scandinavia to Cabo Redondo, in the southern hemisphere, some leagues south of rio poderoso (Congo River); to the east, the chart ends just after the Tanais (Don) River and the Black Sea, extending to the south where it shows a part of the Persian Gulf and a distinctively-drawn Red Sea.


Ferdinand and Isabela’s flag is shown fluttering over recently-conquered Granada, pointing to a production sometime after January 1492. Likewise, meriting comment are the two parallel sets of scales of leagues, one at the top and the other in the bottom of the chart. The wind system radiates outward from a point in northwest Africa near Ceuta, and the entire chart possesses only four identifiable wind roses. There is also an unusual drawing of a volcano eruption in Fogo Island (Cape Verde). Four animals - an eagle with a crown, a deer, a large unidentified bird, and a creature resembling a sable antelope - are drawn in the back of the parchment.


Versão Portuguesa


O “Mapa de Paris” é um exemplo raro e enigmático de cartografia náutica do início da Idade Moderna misturada com elementos medievais. O mapa contém dois paradigmas cartográficos diferentes - um mapa-múndi que enfeita o pescoço do pergaminho e uma carta náutica no restante espaço.


O mapa não tem o nome de seu criador, nem a data de construção. Foi adquirido pela Bibliothèque Nationale de France, em 1848, proveniente de uma fonte desconhecida. Alcançou a fama em 1924-5, depois de Charles de La Roncière ter sugerido que o mesmo teria sido feito por Cristóvão Colombo. La Roncière reparou que Colombo tinha feito anotações na sua cópia do livro Imago Mundi de Pierre d'Ailly, referindo mapas que ele possuía, descritos como planos e esféricos - como o Mapa de Paris. Além disso, algumas das passagens textuais incluídas perto do mapa-múndi foram retiradas do livro de d'Ailly, uma obra elogiada por Colombo. Entre outros factores que sustentam esta atribuição estão uma referência no mapa à descoberta de Cabo Verde por um genovês, e a presença de informações sobre mercadorias adquiridas ou comercializadas em regiões seleccionadas. No entanto, como apontado por alguns investigadores, não têm surgido outras provas da autoria de Colombo que permitam fortalecer esta conjectura.


O pequeno mapa-múndi foi desenhado respeitando o conceito geocêntrico do universo, com a terra encerrada entre nove esferas, uma configuração também descrita na já citada Imago Mundi. Jerusalém foi colocada no centro do desenho da Terra, confirmando a visão cristã do mundo. No entanto, a imagem de África já mostra o Cabo da Boa Esperança, recentemente dobrado por Bartolomeu Dias (1488). O mapa-múndi contém cerca de 250 nomes de lugares escritos em latim e em línguas vernáculas. Também revela várias ilhas míticas, como Brasil, Sete Cidades, e a Ilha do Paraíso, na costa do Cataio, cercada por ilhas identificadas nas míticas viagens de São Brandão.


De notar que ilhas míticas também estão incluídas na carta náutica, uma característica que não era incomum nos mapas da época. Além desse pormenor, as características geométricas do “Mapa de Paris” são comuns a outros exemplos de cartas de navegar da época. É retratada a usual área relativa ao Mediterrâneo; as costas atlânticas do lado leste estendem-se do sul da Escandinávia até ao cabo Redondo, já no hemisfério sul, algumas léguas abaixo do rio poderoso (rio Congo); a leste, o mapa termina logo após o rio Tánais (Don) e o Mar Negro, estendendo-se ao sul e mostrando uma parte do Golfo Pérsico e um desenho característico do Mar Vermelho.

A bandeira dos monarcas Fernando e Isabel aparece no topo da recém-conquistada cidade de Granada, apontando para uma produção em algum momento depois de Janeiro de 1492. Da mesma forma, merecem comentários os dois conjuntos paralelos de troncos de léguas, um no topo e outro na parte inferior da carta. O sistema de ventos irradia a partir de um ponto no noroeste da África, perto de Ceuta, e no mapa somente se identificam quatro rosas-dos-ventos. Existe ainda um desenho incomum de uma erupção do vulcão na Ilha do Fogo (Cabo Verde). Quatro animais - uma águia com uma coroa, um cervo, um grande pássaro não identificado e uma criatura semelhante a um antílope - estão desenhados na parte de trás do pergaminho.


Further reading | Leitura complementar

  • Astengo, C. (1996) Elenco Preliminare De Carte Ed Atlanti Nautici Manoscritti, Eseguiti Nell’Area Mediterranea Nel Periodo 1500-1700 e Conservati Presso Enti Pubblici (Genoa: Istituto di geografia, Universitá di Genova), pp. 175-177.

  • Caraci, I. L. (1993) “A proposito della cosiddetta carta di Colombo,” in F. Bencardino (ed.), Oriente Occidente. Scritti in memoria di Vittorina Langella (Naples: Gall), pp. 121-147.

  • Comellas García-Llera, J. L. (1995) La carta de Cristobal Colon, Mapamundi, circa 1492: conservada en la Biblioteca Nacional de Francia (Barcelona: Moleiro).

  • de La Roncière, C. (1924) La carte de Christophe Colomb (Paris : Les Éditions historiques).

  • Du Jourdin, M. M, de La Ronciere, M., Azard, M.-M., Raynaud-Nguyen, I., & Vannereau, M.-A. (1984) Sea charts of the early explorers: 13th to 17th century. (New York: Thames and Hudson) pp. 211-212.

  • Edson, E. (2007) The World Map, 1300-1492. The persistence of tradition and transformation (Baltimore: Johns Hopkins University Press), pp. 211-214.

  • Flint, V. I. J. (1992) “Columbus, ‘El Romero’ and the So-Called Columbus Map,” Terrae Incognitae, 24, 19-30.

  • Pelletier, M. (1992) “Peut-on encore affirmer que la BN possède la carte de Christophe Colomb?” Revue de la Bibliothèque Nationale, 45, pp. 22-25.

  • Nebenzahl, K. (1990) Atlas of Columbus and the Great Discoveries (Chicago: Rand McNally), pp. 22-25.

  • Rohen, A. (2002) “Untersuchungen zur Genauigkeit und zur Genese von Portolankarten - Columbuskarte (1492),” unpublished thesis, University of Essen, Department of Surveying.

  • Wallis, H. (1992) “Is the Paris Map the Long-Sought Chart of Christopher Columbus?” The Map Collector, 58, pp. 20-21.



310 visualizações
Highlights
Recent Posts
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page